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quinta-feira, 17 de junho de 2010

Lendas Brasileiras - Lobisomen


Lobisomem

Segundo a Lenda ,o Lobisomem é um ser que seria resultado de uma Reza poderosa feita numa noite de sexta feira ,de preferência de Lua Cheia num estábulo ou cocheira de burro ou cavalo,no qual a pessoa rola no local como se fosse o animal ,dizendo a reza e é feita como pacto com entidades malignas .
Em algumas Regiões a transformação em Lobisomem acontece numa noite de sexta-feira sempre meia noite numa encruzilhada , onde repetindo os atos de um cavalo rolando no chão,a pessoa transforma-se.
O Lobisomem seria a fusão do lobo com o homem.Muitas histórias são contadas sobre este ser.No Brasil é comum em todos os Estados ,principalmente nas localidades da Zona Rural,onde é muito comum as pessoas afirmarem que já o viram ,que também passa a ser um mistério para quem vê e quem ouve a história.E segundo a grade maioria das pessoas que relatam encontros ocasionais com estas criaturas afirmam o seguinte:
Características
1.O Lobisomem é assim chamado por ser uma "mistura" de um lobo com um homem.Possui todo seu corpo parecido com um lobo :coberto por pelos, unhas grandes,focinho,dentes grandes e rabo,porém a estatura é de um homem.

2.Anda sobre quatro patas(como um lobo,e até uiva), e chega a equilibrar-se sobre duas patas assemelhando-se a postura de um homem.

3.Ataca quem encontrar no caminho, muito difícil escapar dele pois é muito veloz.

4.Muito valente,consegue desarmar uma pessoa com um facão ,pedaço de porrete ou algo grande que possa ser utilizado contra ele.Porém devido as suas unhas grandes torna-se inofensivo perante armas brancas muito pequenas (facas,punhais,canivetes ) , pois não consegue pegá-la.

5.O Lobisomem seria o sétimo filho homem de um casal (sete é um número considerado por muitos como um número de azar),ou uma pessoa muito esquisita, com costumes estranhos ,de características peculiares( uma pessoa que apresente características como barba muito grossa ,muito cabelo no corpo, sobrancelhas que se juntam , dentes grandes e etc.)

6.Para matar um Lobisomem as pessoas acreditam que qualquer arma é capaz do feito, entretanto uma norma deve ser seguida, se a pessoa quiser que o Lobisomem morra com a aparência de Lobisomem, deve dizer após a sua morte que matou um bicho, mais se quiser saber a verdadeira identidade do Lobisomem,deve dizer que matou um homem.

Lendas Brasileiras

Mãe Do Ouro


Havia em Rosário, a montante do rio Cuiabá, um rico senhor de escravos, de modos rudes e coração cruel. Ocupava-se na mineração de ouro, e seus escravos diariamente vinham de lhe trazer alguma quantidade do precioso metal, sem o que eram levados para o tronco e vergastados.

Tinha ele um escravo já velho a quem chamavam pai Antônio. Andava o negro num banzo que dava dó, cabisbaixo, resmungando, pois não lhe saía da bateia uma só pepita de ouro, e mais dia menos dia, lá iria ele para o castigo. Certo dia, em vez de trabalhar, deu-lhe tamanho desespero, que saiu andando à toa pelo mato. Sentou-se no chão, cobriu as mãos e começou a chorar. Chorava e chorava, sem saber o que fazer. Quando descobriu o rosto, viu diante dele, uma mulher branca muito linda, e com uma linda cabeleira cor de fogo.
E ela falou para ele:
– Por que está triste assim, pai Antônio?

E ele falou : contou-lhe a sua desventura.
E ela:
- Não chore mais. Vá comprar-me uma fita azul, uma fita vermelha, uma fita amarela e um espelho.

- Sim, sinhazinha.

Saiu o preto do mato às carreiras, foi à loja, comprou o espelho e as fitas mais bonitas que achou, e voltou a encontrar a mulher dos cabelos de fogo. Então ela foi diante dele, parou num lugar do rio, e ali foi esmaecendo até que sumiu. A última coisa que ele viu foram os cabelos de fogo, onde ela amarrara as fitas. Uma voz disse, de lá da água:

- Não conte a ninguém o que aconteceu.

Pai Antônio correu, tomou a bateia e começou a trabalhar. Cada vez que peneirava o cascalho, encontrava muito ouro. Contente da vida, foi levar o achado ao patrão.

Em vez de se satisfazer, o malvado queria que o negro contasse onde tinha achado o ouro.

– Lá dentro do rio mesmo, sinhozinho.

– Mas em que altura?

- Não me lembro mais.

Foi amarrado no tronco e maltratado. Assim que o soltaram, correu ao mato, sentou-se no chão, no mesmo lugar onde estivera e chamou a Mãe do Ouro.

– Se a gente não leva ouro, apanha. Levei o ouro, e quase me mataram de pancada. Agora, o patrão quer que eu conte o lugar onde o ouro está.

– Pode contar – disse a mulher.

Pai Antônio indicou ao patrão o lugar. Com mais vinte e dois escravos, ele foi para lá. Cavaram e cavaram. Já tinham feito um buracão quando deram com um grande pedaço de ouro. Por mais que cavassem não lhe viam o fim. Ele se enfiava para baixo na terra, como um tronco de árvore. No segundo dia, foi a mesma coisa. Cavaram durante horas, todos os homens, e aquele ouro sem fim se afundando para baixo sempre, sem que nunca se pudesse encontrar-lhe a base. No terceiro dia, o negro Antônio foi à floresta, pois viu, entre as abertas do mato, o vulto da Mãe do Ouro, com seu cabelo reluzente, e pareceu-lhe que ela o chamava. Mal chegou junto dela, ouviu que ela dizia:

- Saia de lá amanhã, antes do meio-dia.

No terceiro dia, o patrão estava como um possesso. O escravo que parava um instante, para cuspir nas mãos, levava chicotada pelas costas.

– Vamos – gritava ele -, vamos depressa com isso. Vamos depressa.

Parecia tão maligno, tão espantoso, que os escravos curvados sentiam um medo atroz. Quando o sol ia alto, pai Antônio pediu para sair um pouco.

– Estou doente, patrão.

– Vá, mas venha já.

Pai Antônio se afastou depressa. O sol subiu no céu. Na hora em que a sombra ficou bem em volta dos pés no chão, um barulho estrondou na floresta, desabaram as paredes do buraco, o patrão e os escravos foram soterrados, e morreram.




Fonte